Mais
uma vez, atrevo-me a falar do amor. Ou melhor, de um amor. Porque o amor
são vários. O amor se transforma, muda de formato, vai e volta. Ou não
volta.
Não existe uma única referência para o amor. O amor não é
aquilo que a gente vê ou ouve: esse é o amor do outros. O amor tem que
ser nosso.
A definição universal do amor não dá conta de sua essência, que, por si, já é fragmentada.
O amor jamais pode ser reduzido ao sublime. O amor também é físico, sujo, às vezes egoísta.
O amor pode nem ser amor. Pode ser engano. Pode ser nada. E o nada revestido de amor pode ser tudo.
Atitudes não determinam o amor: ações sofrem influências. Até as palavras são obstruídas pelo ar e pelo som, ou pelo papel.
E tudo se perde.
Procuro exteriorizar o interno, conceptualizar o abstrato, dar forma ao incorpóreo.
E, mais uma vez, fracasso.
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